Em meados de 2009 o serviço de microblogging Twitter expressou sua primeira revolta pública genuinamente brasileira ao ser o cerne da campanha Fora Sarney, que embora não tenha tido sucesso, mostrou ao país e aos políticos que os brasileiros sabem sim o que está acontecendo lá dentro e estão dispostos ao que for preciso para se moverem e protestar. Hoje, aproximadamente um ano depois do ocorrido, o reflexo dos movimentos sociais eletrônicos continua forte. A proposta é outra, a visibilidade, maior, e a causa parece ser de interesse global. O projeto de Lei ,nacionalmente conhecido como Ficha Limpa, roubou a cena e deixou esperançosos, até os mais pessimistas.

    Pintar o rosto, sair às ruas, bater panelas? Isso é passado! A nova maneira de protestar é bem menos barulhenta e trabalhosa. Num mundo corriqueiro, onde não se há tempo a perder, os internautas encontraram uma solução muito fácil e rápida: as petições online. Tudo o que se precisa fazer é um pequeno cadastro com seus dados, email e está feito. Você acaba de fazer parte de um grupo de mais de dois milhões de ciberativistas que querem mudar o país.

    Para os mais antigos, a ideia pode parecer pretensiosa demais e, de certa forma, é. O ciberativismo é uma ajuda enorme, contudo, ele deve ser utilizado como um acessório na luta pelos direitos sociais. Para um efetivo protesto, faz-se necessário o incômodo das autoridades que podem colaborar para uma mudança; esse incômodo tem que transcender as barreiras da internet e partir pra vida real, e é aí que entra a Avaaz na mobilização a favor Lei Ficha Limpa. O site que já teve campanhas reconhecidas por importantes líderes globais, em sua versão verde e amarela, além de recolher assinaturas de mais de 2 milhões de internautas, disponibiliza números dos telefones e emails dos deputados, para que a população que tem menos tempo disponível e ainda organiza manifestações físicas estratégicas para fazerem-se presentes e atentos a tudo o que ocorre nos interiores da política no Brasil.

    O Projeto de Lei 518/2009 foi um ícone da revolta pública no século XXI, trazendo de volta o sentimento de democracia dentro de cada brasileiro que, assim como eu, colocaram seu nome para fazer parte da maior mobilização da internet. Com quase 2,1 milhões de assinaturas eletrônicas, a avaaz - os brasileiros - e os veículos de comunicação, que mais uma vez tiveram efetivo papel como quarto poder, impuseram tamanha pressão em cima de nossos representantes da câmara e do senado que neste último, a aprovação chegou a ser por unanimidade.

    Embora uma alteração gramatical no projeto tenha causado estranheza por parte dos favoráveis ao projeto, tudo indica que seja aprovado, antes ainda do prazo máximo estipulado ao Presidente da República. Só resta saber se surgirá aí alguma emenda para aliviar os efeitos da lei ou se será aprovada na íntegra, como deveria ser regra em um sistema democrático.

Já tem três meses que deixei meu emprego na área da saúde para dedicar-me exclusivamente à comunicação, mas desde que saí, planejava compartilhar minhas observações do ambiente hospitalar, de como lá funciona a cadeia de processos em que se é necessário o relacionamento com o paciente e o que vai determinar sua saída. Pela porta da frente ou pelo necrotério. 

Obviamente que as informações contidas neste texto foram obtidas por mim, na Santa Casa de Misericórdia de Mogi Guaçu, no entanto, assumo total liberdade de dizer que sem sombra de dúvidas, a situação é igual em qualquer que seja o lugar do país onde o atendimento entre SUS e Convênios Médicos é feito de forma híbrida. Podendo apenas piorar, conforme o número de atendimentos por instituição. Vale lembrar ainda, que conheci pessoas maravilhosas nas mais variadas atividades dentro do setor hospitalar e poderia escrever centenas de artigos sobre os benefícios dos serviços de saúde públicos, mas sem ser falso moralista, me sinto no direito de expor minha opinião.

Desde a entrada num hospital até a alta médica um paciente encontra dificuldades e irregularidades. Recepcionistas mal-humoradas, enfermeiras desqualificadas e médicos desumanos; tudo isso em conjunto constituem aquilo que chamam de Irmandade de Misericórdia.

Já no atendimento, as recepcionistas são tão frias como profissionais de telemarketing, com apenas uma exceção: As atendentes de telemarketing possuem aquilo que podemos chamar de amor ao próximo. Por diversas vezes presenciei algumas conversas que diziam: “Quando o senhor vai ao banco o senhor não espera? Então, aqui tem que esperar também” ou “Eu sei, eu sei, todo mundo aqui ta ruim demais pra esperar, então vai entrar quem chegou primeiro!”. Enfermos naquele local não são novidade alguma. Para elas, o esmalte da linha “Sete vermelhos capitais” comprado na semana passada tem mais valia do que sua vida.

Não quero me estender sobre as recepcionistas, elas fazem turnos e ganham mal, têm lá suas explicações para o descaso com os pacientes, existem outros seres bem mais prepotentes. Um médico é simplesmente o alicerce do atendimento, a base de tudo. Mas o que quero ressaltar, é que com pequenas exceções e poucas variações, seu pensamento é baseado em dinheiro.

Médicos são desafiadores de leis. Matam sem serem presos nem processados, pois quando a coisa complica, frequentemente encontram uma maneira de persuadir a família da vítima que acabam sofrendo sozinhas. Fumam em lugares fechados e pior, perto de ambulatórios, onde a concentração de pessoas com imunidade baixa é enorme. E escrevem com letras, se é que podem ser chamadas de letras, impossíveis de se ler. O que acarreta em venda e utilização de medicamentos errados.

Lembro-me de algumas vezes ter passado mal com o cheiro do cigarro enquanto tirava algumas fotocópias, e ter recorrido há alguns médicos para entender a tradução daqueles rabiscos. No geral era caçoado, pois eles olhavam pra mim, quando olhavam, e diziam: “Não sabe ler não? É só juntar letras ó...”. Meu desgosto era tamanho que tentava não imaginar que um dia fosse precisar depender de um indivíduo daquela espécie.

Existem médicos que realizam partos normais pra não gerarem gastos com cirurgias, deixam de internar por falta de vagas, internam por falta de pacientes, receitam remédios que o patrocinam, dentre outras inúmeras atrocidades que presumo e outras que não faço idéia de existirem. Não nego que falte conhecimento. Sei que eles têm de sobra, o que lhes falta é caráter.

Quem pensa que a instituição não tem relação alguma com isso está errado. A Santa Casa contratava um velho senhor que era responsável por pegar assinaturas de acidentados no trânsito, autorizando a transferência do seguro DPVAT para o hospital, além de mentir para os pacientes que os exames estão sendo procurados, quando já se tem certeza de que foram perdidos.

Depois disso, pude entender porque metade dos remédios vendidos no Brasil é destinada à automedicação. Eu confio muito mais numa bula do que em um ser desse. Ainda que existam bons médicos, eles infelizmente se ofuscam em meio a essa grande maioria de profissionais incapazes de executar com caráter, aquilo que juraram prestar à sociedade.

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Em primeiro lugar, quero dar algumas explicações. Sempre me esforço ao máximo para ser o menos pessoal possível no blog, mas existem acontecimentos que se eu não comentar com vocês estarei sendo ingrato comigo mesmo. Estou mais distante do blog novamente. Resultado de dois ótimos acontecimentos: minha vida conturbada em São Paulo e o fato de que a cada texto que escrevo, eu exigo mais de mim. Já não me satisfazem como antigamente e portanto, reciclo textos acabados, jogo uns fora e outras ideas mal saem da cabeça. O que me faz pensar, pensar, pensar e retornar ao mesmo texto diversas vezes.

Queria agradecer de coração à todos os visitantes, assinantes do feed RSS, os seguidores desse blog e em especial os comentaristas.

Me sinto na obrigação de indicar os que mais comentaram aqui, desde o início. Que são eles:

- Infinite Melodie

- The Dream Blower
- Sacudindo Palavras
- Gastaldelli Enrico


Sem vocês, essas palavras aqui seriam perdidas no imenso mundo digital. Eu adoro ler os comentários desse blog. Cada comentário enviado me faz ter a certeza que o público que lê meu blog realmente entende minhas palavras e são de alto nível. É uma honra ser lido por vocês.

O blog tem nove meses, mas só comecei a investir nele há aproximadamente cinco. E nestes cinco meses muita coisa boa me aconteceu e me surpreende a cada dia.

Isso não é mérito meu, e sim de vocês que mesmo ficando tanto tempo sem receber atualizações, quando veem um novo artigo publicado aqui, sempre voltam, deixam suas opniões e compartilham com amigos e colegas.

Recebi diversos selos nos últimos meses, ainda sou meio analfabeto no blogger, mas assim que terminar de ajustá-los ali do lado, vou começar a distribuição.

Como uma redenção do tempo em que fiquei sem vir aqui, trago algumas novidades:

Por enquanto é isso. Muito obrigado pela paciência e pela satisfação de ver que o blog está indo no caminho certo.

Com a incrível popularidade que a internet alcançou na década que acabamos de deixar pra trás, as nossas atitudes no computador acabariam criando um mundo novo, intitulado de virtual, mas nos dias de hoje, essa divisão praticamente não existe mais. Esses mundos chocaram-se e fundiram-se, dando origem a uma galáxia de infinitas possibilidades conhecida como rede social. O twitter pode ser considerado o ícone das redes sociais. Não somente por ser o irmão caçula, mas por atingir níveis de popularidade jamais explorados por nenhuma outra ferramenta do gênero.

Justamente pelo fato de ter seguidores sem necessariamente ter que seguí-los e contando com a ferramenta Verified Account, que assegura o seguidor de que aquela conta é verdadeira, o twitter virou a brincadeira favorita dos famosos e dos meios de comunicação. Não limitando-se a isso, o micro blog conquistou a todos por sua incrível sensação de ser ouvido. Ter followers na rede, é como ter fãs de suas palavras. Quanto mais, melhor para o ego do usuário. As pessoas sentem necessidade de desabafar, de compartilhar suas ideias com o mundo. E no twitter, através dos 140 caracteres, isso é possível. 

Com tantas funcionalidades, o twitter se tornou uma rede social de peso no mundo todo. Não só com artistas, mas promovendo anônimos, como a Ex BBB Tessália, recebeu o prêmio VMB de twitter do ano, em 2009 e acabou recebendo o convite pra entrar na casa pelo próprio site ou inclusive promovendo protestos como o Fora Sarney ou lutando contra a censura como aconteceu no caso dos conflitos pós eleitorais que ocorreram no irã.

Mas nem tudo são flores, é preciso muita atenção em cada tweet. Alguns deslizes cometidos na rede já repercutiram pelos quatro cantos do país. Sasha, filha da apresentadora e ex atriz pornô Xuxa, que durante a gravação de um dos seus filmes, atualizou o micro blog da mãe com erros de português, o que fez com que seus seguidores massacrassem a garota, através de mensagens destinadas à jovem atriz. Outro caso que é no mínimo curioso, foi o que ocorreu com a cantora Pitty, que ao atualizar seu perfil na rede com uma mensagem onde se dizia "subindo no palco com o ciático zoado", recebeu diversas mensagens perguntando de que banda se tratava e até mesmo de pessoas dizendo "adoro o som deles". Outra característica do twitter é a sensação de que ao deixar o site, estamos "perdendo algo" nos desligamos de informações valiosas. O que faz com que o usuário queira cada vez mais levar consigo a ferramenta. Seja através de palms, smartphones ou o qualquer outra tecnologia.

Independentemente de como é utilizado, o micro blog é um marco na internet e no mundo como um todo. O twitter é daquelas típicas ferramentas da web que são se vê serventia alguma, até que se comece a utilizar e veio pra mostrar que quando o assunto é se comunicar, ele faz isso como nenhuma outra ferramenta. Mas é preciso muita fibra e discernimento a cada mensagem enviada. Qualquer vacilo pode resultar no fiasco da semana e ir parar até mesmo nos trending topics.

Assim como um retrato egípcio anunciou há mais ou menos 2.400 anos, a homossexualidade não é assunto novo no cotidiano da população, porém, o nicho LGBT tem se multiplicado muito de uns tempos pra cá, isso é fato. Uns ficam assustados, outros repudiam e outros acham até mesmo comum. Mas o que se pode ter certeza é de que eles existem sim e estão lutando cada vez mais por uma igualdade social.

O preconceito infelizmente não é virtude exclusiva dos gays, qualquer raça considerada fora dos padrões dominantes da sociedade sofre preconceito. Foi assim com os índios, com os negros e tão pouco diferente seria com os homossexuais.


A puberdade para um adolescente gay não é nada fácil. É a fase divisora de águas. Quando fica mais complicado vencer o preconceito próprio e mais difícil de esconder seus sentimentos de amigos e familia. Aqueles que vencem a si mesmos, aceitam-se e resolvem enfrentar o mundo, são bombardeados de preconceito, ridicularizados e ignorados como se fossem enfermos. Já os menos encorajados vivem toda uma vida sob a sombra de suas atitudes. Casam, têm filhos e vão pra rua escondidos encontrar-se com parceiros do mesmo sexo, quando não contratam profissionais, como tavestis, gogoboys e prostitutas.


Por muitos anos essa era a vida de um homossexual. Mas nos dias atuais o mundo tem ficado mais aceptível a certas diversidades. Ou os gays estão se assumindo por conta de uma maior aceitação pública ou a população está sendo obrigada a aceitá-los já que a convivência com os homossexuais esta cada vez mais inevitável.


A Famosa Parada Gay que ocorre todos os anos na Avenida Paulista foi um grande passo na luta dos homossexuais contra o preconceito. O movimento que começou em 1997 com apenas 2000 participantes ganhou tantos adeptos que além de se tornar um dos eventos de maior movimento econômico na cidade, em 2007 entrou para o livro dos records como a maior parada gay do mundo, com 3.500.000 participantes.


No próximo mês está para acontecer um fato inédito na luta contra a homofobia. Apoiada pelo governo do estado de São Paulo e pelo ministério da cultura, será inaugurada a primeira escola destinada ao público LGBT do país, na cidade de Campinas. Onde serão ministrados os mais diversos cursos que vão desde artes até formação de Drag Queens. "A Parada (Gay) mostrou que os homossexuais existem. Agora, queremos mostrar que eles falam e têm o que dizer" Foi assim que o professor universitário Deco Ribeiro, um dos idealizadores da primeira escola destinada especificamente ao público LGBT do Brasil definiu a intenção do projeto. E completou: " A escola é um Ponto de Cultura. O fato de os cursos serem abertos a todos e não só a jovens gays é parte da nossa estratégia de combate à homofobia". E pra quem acredita que o projeto não vai se desenvolver, é bom pensar duas vezes, pois todas as vagas disponíveis já foram preenchidas e há até lista de espera para uma possível 'segunda chamada'.


Outro ponto positivo para os homossexuais é o fato de como a mídia, que sempre fez seu papel para a disseminação de valores culturais está indo de acordo com os fatos. Atualmente, seriados como Glee e até mesmo a décima edição do reality mais famoso do Brasil estão dando ênfase para estes assunto e sendo bem aceitos pelos espectadores.


Infelizmente tudo isso não indica que o homossexual está ileso de preconceitos. O grande problema está nas relações familiares. O medo da reação dos pais é um dos motivos que mais levam jovens gays ao suicídio e ao isolamento. Portanto, a comunidade LGBT pode estar longe de uma batalha vencida, mas é evidente que homofobia é coisa do passado e agora é só uma questão de adaptação.

O ano de 2010 com toda certeza ficará marcado como o ano da destruição e do recomeço pra muitas famílias do Brasil e do Mundo. Desde as menos favorecidas até as dos considerados mais altos níveis da sociedade. Com todo esse bombardeio de desgraças, às vezes eu paro pra pensar no que há de errado com o mundo. Seria tudo isso nada mais que o resultado da fúria do tão temido aquecimento global ou o egoísmo, a ignorância da sociedade em acreditar que a natureza é a principal culpada de tudo isso?


Em São Paulo já desde dezembro do ano passado as coisas não andam bem. Enchentes têm devastado toda a capital paulista e a cidade de Capivari, no interior. No Rio de Janeiro, hotéis e pousadas a beira-mar na turística cidade de Angra dos Reis foram cobertos por deslizamento de terras. Em Agudo, no Rio Grande do Sul, uma ponte que atravessava o Rio Jacuí desabou devido à forte pressão das águas.


No exterior, a Inglaterra vem sofrendo com as tempestades de neve que praticamente pararam o país. O mais novo símbolo da calamidade mundial da década é o Haiti que há pouco mais de uma semana foi vítima de tremores de terras que chegaram ao nível 7 da escala Richter, devastando todo o país.

Essas e outras desgraças públicas que são causadas pelo simples ciclo da natureza têm sido cada vez mais freqüentes, ou pelo menos eu não me lembro de um momento em que houvesse tantas informações a respeito de tantas calamidades causadas pelos fenômenos naturais.

Empreendedores constroem hotéis na orla do mar e em frente há montanhas sem nenhum estudo prévio, famílias constroem casas nas proximidades de córregos, rios e morros, países inteiros são constituídos sob divisas de placas tectônicas e a natureza que é culpada?

É simples dizer que existem pessoas erradas enquanto se está longe de tudo isso, mas o que me intriga é a maneira como as pessoas lidam com esses acontecimentos. Desgraça? Com toda certeza sim, mas a culpa definitivamente não é da natureza. Esta simplesmente tenta continuar seu ciclo que apesar de alterado pela intervenção do homem.

Chuva, neve, sol, terremotos não são novidade alguma para os seres humanos. Apesar de incontroláveis, são extremamente previsíveis . Nesses momentos é que vemos que apesar de dominar toda a extensão do planeta, o ser humano ainda é frágil e dependente do “bom humor” dos fenômenos naturais e lamentar estragos feitos por fenômenos previsíveis é simplesmente chorar o leite derramado.