Em São Paulo já desde dezembro do ano passado as coisas não andam bem. Enchentes têm devastado toda a capital paulista e a cidade de Capivari, no interior. No Rio de Janeiro, hotéis e pousadas a beira-mar na turística cidade de Angra dos Reis foram cobertos por deslizamento de terras. Em Agudo, no Rio Grande do Sul, uma ponte que atravessava o Rio Jacuí desabou devido à forte pressão das águas.
No exterior, a Inglaterra vem sofrendo com as tempestades de neve que praticamente pararam o país. O mais novo símbolo da calamidade mundial da década é o Haiti que há pouco mais de uma semana foi vítima de tremores de terras que chegaram ao nível 7 da escala Richter, devastando todo o país.
Essas e outras desgraças públicas que são causadas pelo simples ciclo da natureza têm sido cada vez mais freqüentes, ou pelo menos eu não me lembro de um momento em que houvesse tantas informações a respeito de tantas calamidades causadas pelos fenômenos naturais.
Empreendedores constroem hotéis na orla do mar e em frente há montanhas sem nenhum estudo prévio, famílias constroem casas nas proximidades de córregos, rios e morros, países inteiros são constituídos sob divisas de placas tectônicas e a natureza que é culpada?
É simples dizer que existem pessoas erradas enquanto se está longe de tudo isso, mas o que me intriga é a maneira como as pessoas lidam com esses acontecimentos. Desgraça? Com toda certeza sim, mas a culpa definitivamente não é da natureza. Esta simplesmente tenta continuar seu ciclo que apesar de alterado pela intervenção do homem.
Chuva, neve, sol, terremotos não são novidade alguma para os seres humanos. Apesar de incontroláveis, são extremamente previsíveis . Nesses momentos é que vemos que apesar de dominar toda a extensão do planeta, o ser humano ainda é frágil e dependente do “bom humor” dos fenômenos naturais e lamentar estragos feitos por fenômenos previsíveis é simplesmente chorar o leite derramado.