A década dos desastres naturais

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O ano de 2010 com toda certeza ficará marcado como o ano da destruição e do recomeço pra muitas famílias do Brasil e do Mundo. Desde as menos favorecidas até as dos considerados mais altos níveis da sociedade. Com todo esse bombardeio de desgraças, às vezes eu paro pra pensar no que há de errado com o mundo. Seria tudo isso nada mais que o resultado da fúria do tão temido aquecimento global ou o egoísmo, a ignorância da sociedade em acreditar que a natureza é a principal culpada de tudo isso?


Em São Paulo já desde dezembro do ano passado as coisas não andam bem. Enchentes têm devastado toda a capital paulista e a cidade de Capivari, no interior. No Rio de Janeiro, hotéis e pousadas a beira-mar na turística cidade de Angra dos Reis foram cobertos por deslizamento de terras. Em Agudo, no Rio Grande do Sul, uma ponte que atravessava o Rio Jacuí desabou devido à forte pressão das águas.


No exterior, a Inglaterra vem sofrendo com as tempestades de neve que praticamente pararam o país. O mais novo símbolo da calamidade mundial da década é o Haiti que há pouco mais de uma semana foi vítima de tremores de terras que chegaram ao nível 7 da escala Richter, devastando todo o país.

Essas e outras desgraças públicas que são causadas pelo simples ciclo da natureza têm sido cada vez mais freqüentes, ou pelo menos eu não me lembro de um momento em que houvesse tantas informações a respeito de tantas calamidades causadas pelos fenômenos naturais.

Empreendedores constroem hotéis na orla do mar e em frente há montanhas sem nenhum estudo prévio, famílias constroem casas nas proximidades de córregos, rios e morros, países inteiros são constituídos sob divisas de placas tectônicas e a natureza que é culpada?

É simples dizer que existem pessoas erradas enquanto se está longe de tudo isso, mas o que me intriga é a maneira como as pessoas lidam com esses acontecimentos. Desgraça? Com toda certeza sim, mas a culpa definitivamente não é da natureza. Esta simplesmente tenta continuar seu ciclo que apesar de alterado pela intervenção do homem.

Chuva, neve, sol, terremotos não são novidade alguma para os seres humanos. Apesar de incontroláveis, são extremamente previsíveis . Nesses momentos é que vemos que apesar de dominar toda a extensão do planeta, o ser humano ainda é frágil e dependente do “bom humor” dos fenômenos naturais e lamentar estragos feitos por fenômenos previsíveis é simplesmente chorar o leite derramado.

Bóris Casoy e o efeito das palavras.

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A virada da década com certeza trouxe muitas mudanças na vida do jornalista e apresentador Bóris Casoy. Não, ele não foi um dos dois ganhadores da Mega Sena da Virada, somente mais uma vítima do que se pode acontecer com uma personalidade pública quando esta revela sua verdadeira personalidade diante de seus expectadores. Desta vez nem foi preciso o uso do twitter para que o nome do filho de imigrantes russos caísse nas manchetes como a gafe de 2009. Foi ali mesmo, no estúdio de gravação do Jornal da Band, onde o apresentador que marcou na história do jornalismo no país perdeu toda a credibilidade que ainda lhe restava perante as câmeras, ou melhor, os microfones e ao vivo para todo o país.


No dia 31 de dezembro de 2009, logo após anunciar as notícias do seguinte bloco do telejornal, a emissora colocou no ar, imagens de alguns trabalhadores públicos que apareceram na telinha desejando um bom ano. Por mim, a iniciativa da emissora já era um tanto apelativa por ir justamente atrás destes homens que nunca têm o direito de fazerem sua palavra valer durante todo o ano para conceder-lhes a oportunidade de desejar para todos um feliz 2010. Porém, assim que os trabalhadores acabaram de desejar seus votos de felicidade para o Brasil, Casoy tomou conta da cena com comentários ofensivos aos garis que haviam acabado de aparecer. O que nota-se no vídeo a seguir:



"Que merda... dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... dois lixeiros... o mais baixo da escala do trabalho..."

Como diria um dos bordões do próprio apresentador, "Isto é uma vergonha!" e o que se pode notar nesse episódio ridículo, é que o descaso com a profissão é tanto que o apresentador nunca se interessou em ao menos aprender a diferença entre um gari e um lixeiro. Alguém já viu lixeiro com vassouras? Chega a ser no mínimo curiosa a hipocrisia de Bóris para com os garis, pois o jornalista sabe o que é sentir na pele o preconceito, já que quando ainda bebê, foi vítima da poliomielite e teve sérios problemas de paralisia até os 9 anos, quando foi para os EUA para operar e recuperar seus movimentos.

O apresentador, através da assessoria de imprensa da Band, reconheceu a ofensa contra os garis e prometeu uma remissão no ar, no mesmo telejornal. O que ocorreu da seguinte forma:


"Ontem, durante o intervalo do Jornal da Band, em um vazamento de áudio, eu disse uma frase infeliz, que ofendeu os garis. Por isso, quero pedir profundas desculpas aos garis e aos telespectadores do Jornal da Band."

Entendo que certamente Bóris foi pressionado pela emissora para desculpar-se da mesma forma em que se expôs, mas estas "profundas desculpas" não removerão da mente das pessoas aquelas palavras que ele sinceramente proferiu no lugar errado e na hora errada.

Desejo-lhe boa sorte, pois tenho absoluta certeza de que suas palavras nunca chegaram, nem chegarão a um número tão grande de pessoas como as ditas por acidente no dia 31. Tomara que sua faculdade não concluída de Direito o ajude a quem sabe correr atrás dos danos que serão feitos em sua honra. Porque sua imagem já está completamente denegrida.

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