Caso Sean - Uma briga entre famílias que acabou em uma briga entre países

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Há meses não retornava aqui para compartilhar minha visão dos assuntos mais comentados da atualidade com algumas pessoas que caridosamente acessam meus links seja pelo twitter, msn ou chegam aqui através de algum motor de pesquisa.


Sem muita ladainha, não tenho vindo aqui pois nestes ultimos dias andei muito ocupado e sem tempo para pesquisar a fundo sobre os poucos assuntos que tive tempo para discutir neste último trimestre de 2008. Mas o caso que venho expressar minha opnião hoje me despertou tanta indignação que não pude deixar de escrever algo sobre isso.


Sean é um garoto de nove anos que desde 2004 vem sendo alvo de disputa entre sua mãe brasileira Bruna Bianchi e seu pai americano David Goldman mas essa disputa ficou mais acirrada desde o ano passado, com a morte de Bruna no parto de sua mais nova filha e a determinação da justiça brasileira de que a guarda provisória da criança ficasse com o padrasto e a família da mãe de Sean.



O caso acabou tomando conta das manchetes mais influentes do Brasil e do mundo nesses últimos dias. Lembro-me de que nas primeiras vezes que me deparei com o caso, li alguns títulos de matérias, escrito "Sean fica no Brasil" ou algo do gênero. Achei que Sean era algum criminoso que fora preso no Brasil e simplesmente não dei a mínima para o caso, afinal, quando se tem um portal de notícias como página inicial de seu navegador, você acaba se acostumando a ler notícias das mais banais às mais redundantes.


O caso Sean começou a me chamar atenção justamente quando era para eu perder o interesse. Estava eu deitado em minha cama, circulando pelos canais de TV até que me deparo com uma matéria sobre o caso, naqueles jornais de madrugada que fazem um resumo do dia. Foi neste dia que tive um conhecimento superficial sobre o caso. A famosa história de uma criança disputada na justiça por parentes estrangeiros e brasileiros. Claro que se fosse na minha cidade e uma matéria a respeito disso fosse publicada na manchete do jornal municipal eu a julgaria louvável, agora, o que teria esse caso para que fosse digno de repercussão nacional?


Eis que me surpreendo mais uma vez, a repercussão não era somente aqui no Brasil, nos EUA a mesma história estampava os veículos de comunicação americanos. Aí é que me vem a decepção. Na realidade me arrependo de ter procurado informações sobre o caso, pois deste momento em diante, fiquei absolutamente perplexo com o que acabaria vendo. Obama, presidente dos Estados Unidos na teoria e dono do mundo na prática, havia feito um comentário que estava de olho no caso e pior, debateu o assunto com Luiz Inácio Lula da Silva quando este esteve na Casa Branca. Aí foi óbvio perceber o porque de tanto destaque ao assunto. Se até mesmo quando o presidente mata uma mosca em um programa de TV, vira manchete em todo mundo, era de se esperar que um comentário dele a respeito do caso viesse como um furacão pressionando o Judiciário brasileiro.


Desde então, não se ouvia falar em outra coisa a não ser David, Sean, Obama, Brasil, EUA e por aí continuava a palhaçada. O mais engraçado é que até agora eu não sei como David Goldman conseguiu deixar de seu lado a personalidade mais poderosa do mundo. Independentemente disso, o fato é que o que antes era uma briga judicial entre famílias, virou disputa de poder entre dois países. Eu sempre simpatizei com o presidente Lula, afinal, não é a toa que ele é "o cara" lá fora, mas, a atitude dele foi extremamente egoísta ao debater o assunto sem prestar nenhuma assistência à família do garoto. Nem mesmo a carta publicada pela família brasileira foi respondida. Como assim? Barack Obama tem mais direito de debater o caso com o presidente do que a própria família? Bom, se isso é justo eu acredito que não, mas pelos fatos, a resposta é SIM!



A situação melhorou para a família que só queria que a justiça desse o direito de Sean se pronunciar a respeito de suas vontades quando o ministro do STF determinou que o garoto deveria permanecer no país até fevereiro, quando o recesso forense chegasse ao fim e então a vontade da família fosse atendida.


Mas para o pai do garoto de nada importava a decisão do filho, ele era o pai e tinha o direito de ficar com a criança. Mais uma vez, a decisão da justiça brasileira da início a uma discussão inacabável nos EUA. O que subentende-se que o Brasil não acatou as vontades americanas e desde a invasão do iraque em meados de 2003 os Estados Unidos é la um país que se deva contrariar, por uma questão política, econômica e até mesmo de sobrevivência.


Eis que mais tarde o próprio presidente do STF, Gilmar Mendes cassa a determinação do ministro e determina que a criança seja entregue para o pai. Pronto, está assinada a carta de marionetes verde e amarelas.


O mais engraçado é que logo após essa decisão, foi aprovada por unanimidade a extensão do programa de isenção tarifária que beneficia as exportações brasileiras e de mais 131 países. Votação que fora suspendida pelo senador do estado onde David mora, Nova Jersei, por conta da disputa pela guarda do menino no Brasil.


E depois vem a família americana criticar a família brasileira dizendo que são responsáveis pela superexposição da criança na mídia? Quem será que foram os maiores responsáveis por esse bombardeio de notícias a respeito da criança? Ah, por favor! Acho que o mínimo que estes ridículos deveriam fazer era agradecer a imprensa pela pressão sobre o governo brasileiro, pois se não fosse isso, com certeza o natal deles teria sido bem longe de Sean.

A Gripe Suína.

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Pois é, desde a Gripe Aviária, em meados de 2004 não se tinha ouvido tanto falar sobre um vírus influenza quanto nos dias atuais. O Influenza A veio, com toda certeza, para ser a mais nova estrela do início do século XXI. A grande questão é a seguinte: Será que o bombardeio de informações a respeito dessa nova gripe merece realmente esse crédito todo?
Em março se ouvia os primeiros rumores sobre o vírus H1N1 que até então era incessantemente divulgado com o nome de Gripe Suína. No início as informações eram poucas. Sabia-se que o primeiro paciente portador do novo vírus era o menino mexicano Edgar Hernández, de 4 anos, que sobreviveu após ser medicado.

Os moradores da região não tinham dúvida. A origem da nova gripe era o criatório de suínos que havia por perto da região onde o garoto vivia. Após o ocorrido foram constatados outros diversos enfermos e a nova gripe que começava a se espalhar por toda a extensão do México.
Com isso, o número de estrangeiros que viajavam para o país foi extremamente reduzido. Calcula-se que a economia do México tenha caído cerca de 5%. Por conta disto, o governo mexicano resolveu tomar medidas para melhorar a situação do país. Pressionou e a Organização Mundial da Saúde, a OMS, cedeu. O novo Influenza, a partir de então, passava a ser denominado como Gripe A. Desta forma, em questão de tempo a origem do vírus e o mercado de suínos estariam a salvos.
Uma nova gripe era um prato cheio para a mídia que tanto esperava para nos empanturrar com notícias sobre uma pandemia global. Com um novo nome e se espalhando pelo mundo todo, o novo vírus ganhava cada vez mais importância em todos os veículos de comunicação. Não se ouvia falar em outra coisa. Pelo menos até o dia 31 de maio, com a queda do Airbus 447 que por algumas semanas tornou-se assunto mundial. E para prolongar a trégua, no dia 25 de junho, quando esfriavam as especulações sobre o desaparecimento do Airbus, é divulgado o falecimento do ícone Michael Jackson. Nessa altura eu já imaginava que o assunto da Gripe A já estava morto. Antes mesmo do rei do Pop. Infelizmente me enganei. Logo quando as notícias do astro não seduziam mais, valia à pena voltar a um porto seguro.
As divulgações sobre as mortes causadas pela nova gripe chegaram a ser tão assustadoras que eu, como bom especulador que sou, corri pra rede pesquisar a respeito do assunto. Bem como eu previa, os resultados me fizeram respirar um pouco mais aliviado.
O fato é que a nova gripe bem como se conhece é um vírus mais transmissível que a influenza sazonal e chama atenção pelo fato de que ao contrário da gripe comum que ataca pacientes mais debilitados, idosos e crianças, o H1N1 pode infectar facilmente jovens e adultos devido ao fato de ser um vírus que o organismo ainda desconhece.
Mesmo com um número maior de pessoas infectadas a cada dia a nova gripe não deve ser vista como uma doença assim tão grave, pois dados de junho deste ano, mês em que ocorreram as primeiras mortes causadas pela nova gripe no país divulgam oficialmente 33 mortes, enquanto em dados do mesmo período de 2008 divulgados pelo ministério da saúde, 4.500 pessoas morreram pela gripe conhecida como comum. Conclui-se a partir daí que a gripe comum é mais perigosa do que a famosa Gripe A. Logo agora que eu sentia alguns sintomas de gripe e estava de certa forma, torcendo pra que fosse uma gripe normal.
Ainda hoje não temos sequer indícios de que o H1N1 poderá trazer características mais assustadoras. Pelo contrário, acredita-se que diversos pacientes tenham contraído o novo vírus sem que se dessem conta, recuperando-se em casa normalmente, como se fosse uma gripe comum. Como mostra os dados do ministério da saúde que dizem que 60% dos novos casos de gripe no país já foram constatados como se tratando do vírus o Influenza A, ou seja, o antigo vírus Influenza vem se renovando, por uma questão de sobrevivência, assim como ocorreu com o vírus da Gripe Espanhola que em 1918 matou cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo e atualmente, tem a variante de sua cepa como um dos vírus de menor intensidade ainda em circulação.
Espero realmente que os testes com vacinas para a Gripe A sejam satisfatórios, somente desta forma deixaremos de presenciar tanta ignorância pública como no caso das máscaras, que segundo o Dr. Drauzio Varella, protegem por um tempo de duas ou três horas e ainda não são garantidas. Imagina se a população fica sabendo que a fina máscara não funciona? Daqui a uns dias iremos nos deparar com pessoas utilizando aqueles respiradores faciais que vemos nos laboratórios radioativos dos filmes de ficção científica.
Em suma. Cuidar-se para não contrair a doença é uma atitude prudente. Porém, não há motivo para tanto pânico. Embora a Gripe A venha ganhando força a cada dia na mídia, em nosso corpo esse risco é muito pequeno.

A Televisão e os Telebarracos

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Não nego o fato que eu sou demasiadamente ignorante quando o assunto é Comunicação. Mas a verdade é que as vezes me sinto um tanto quanto farto em relação à qualidade dos meios de comunicação que temos nos dias atuais. Neste artigo em especial, a TV.

Talvez se nosso ilustre Assis Chateaubriand tivesse previsto este fato, teria tido um fim tão desgostoso quanto o do suposto suicídio de Santos Dumont.

Sei que a informação já não é nova mas a saída da apresentadora Regina Volpato do programa 'Casos de Família' me deixa ainda um tanto comovido. Bem, como eu já sabia, a saída dela do programa se deu pelo fato de que o Sr. Silvio Santos queria simplesmente um programa de mais baixo calão a ponto de concorrer de igual pra igual com os já desqualificados programas concorrentes diretos.

Porém, o fato é que não foi simplesmente o Senor Abravanel que quis uma troca de apresentadora, pelo contrário, a intenção era manter Regina, já que isso seguraria seu fiel grupo de fãs assistindo o renovado Programa.


Eu não sou daquelas pessoas fissuradas em programas que fazem superexposição de pessoas banais, pelo contrário, tenho certo preconceito. Acho isso sensacionalismo puro e acredito que não é disso que a Televisão precisa.
Mas o Casos de Família ia muito além. Regina tratava seus entrevistados com uma empatia ímpar. E no final de tudo, após coletar informações com perguntas bem elaboradas e inteligentes, fazia um aconselhamento final que era de dar inveja há muitos psicólogos por ai.

Isso me chamou atenção neste programa. A cumplicidade com que aquela mulher tratava seus entrevistados. A humildade que ela lida com seus fãs. Uma profissional que ama o que faz. Essa foi a Regina que pude notar nestes 5 anos de apresentação do Casos de Família em que me arrependo de não ter aproveitado ao máximo aquelas palavras incentivadoras, de mãe mesmo.


Após experimentar, sem sucesso, fazer os programas ao estilo 'telebarraco', a apresentadora, que mantém um blog na internet, postou algumas palavras de sinceridade para com os seus telespectadores que obviamente estranharam a mudança de estilo e ouso até mesmo dizer, de caráter do referido programa.
"Amigos... Não tenho nada contra entretenimento. Tenho absoluta certeza de que é, sim, possível unir cultura, humor, informação e diversão num mesmo produto para a TV.
Adoro dar risada. Respostas espontâneas, rápidas, inteligentes e bem-humoradas de muitos dos meus entrevistados já me fizeram quase rolar de rir. Rir junto com eles. E não deles. Isso é que me encanta... Gravamos, então, temas seguindo uma nova cartilha. Na minha opinião, nem todos os programas deveriam ter sido exibidos. Mas foram. O último dessa leva nova foi ao ar hoje, 29 de agosto de 2008... Isso tudo tem me tirado o sono... Mas já aprendi a não me martirizar, nem a me crucificar. Olhar para ontem com os olhos de hoje e se punir é burrice. Porém, esse raciocínio não faz com que meu constrangimento seja menor.
Peço desculpas... Sou funcionária, tenho obrigações e deveres a cumprir na empresa onde trabalho. Tudo isso é verdade. Mas numa conversa muito tranqüila e educada, deixei claro que não tenho vocação (nem saúde, diga-se de passagem) para estar à frente de programas nos moldes dos mais recentes. (...)"
Quando li esses trechos eu fiquei emocionado pelo fato de que estas palavras expressavam, certamente, o mais profundo de seus desabafos para com seus fãs. A fim de que estes não se decepcionassem com tais atitudes que não eram de sua índole.
Achei simplesmente o máximo!

Pois é, embora a SBT tenha declarado diversas vezes o interesse em renovar o contrato com a apresentadora, parece que era regra que o programa continuasse com baixarias e Regina, mostrando-se mais uma vez uma mulher de fibra, que preza sua imagem e seus princípios não aceitando a proposta.

É claro que as ações da emissora não seriam contra seus rendimentos. Um programa de barracos deve ter bem mais audiência que um programa educativo. Enquanto isso o Big Brother está indo para sua 10ª edição e a todo vapor. Inacreditável.

É isso que faz o dinheiro da TV girar mais depressa. No famoso estilo Pão e Circo.

Só nos resta esperar a boa vontade dos burgueses da comunicação em disponibilizar um espaço culto, decente para que entre uma baixaria e outra na nossa telinha seja possível obter um pouco de conhecimento decente.

Narguilé - O Tabaco do Momento.

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Ontem estive com alguns amigos em um bar na cidade de Mogi Mirim – SP e tive a infelicidade de me deparar com o Narguilé (narguilê, narguila, nakla, arguile, naguile e etc.).
Não foi a primeira vez, já o conhecia há tempos e sempre fui contra a este instrumento. Porém, desta vez a coisa desandou um pouco. Todos meus amigos se viram fascinados por aquele cachimbo com um nome diferente, um formato diferente e um aroma que poderia variar em chocolate, menta, frutas e até coca-cola.

Eu que sempre fui muito careta com este tipo de assunto me senti incomodado e parecia que de nada importava minha preocupação para com meus companheiros. Eles estavam ali se divertindo tanto com o narguilé quanto com a minha caretisse de preocupar-me com a vida alheia e com os danos que tal objeto tão inofensivo poderia causar. Eu não conhecia a fundo os efeitos deste cachimbo e não sabia inclusive que era assim tão perigoso, mas não quis arriscar pois como curioso que sou eu já sabia que ali continha nicotina e que portanto, não haveria meios seguros de utilização que não prejudicassem meu organismo.

No início é tudo uma beleza, aquele aroma delicioso, aquela alegria de brincar com a fumaça por vezes me fez chegar a pensar se eu realmente não era rígido demais em relação aos meus princípios. Porém, após algumas horas, comecei a ouvir reclamações de ardência na garganta. O que me deixou intrigado. Ao realizar algumas pesquisas referentes ao assunto, pude constatar que tal cachimbo pode muito bem ser tão prejudicial quanto ou até mais que o cigarro. Ilustre antigo inimigo de nosso sistema respiratório.

Conhecendo um pouco sobre o cachimbo:

Narguilé é um cachimbo de água utilizado para fumar. Há diferenças regionais no formato e no funcionamento, mas o princípio comum é o fato de a fumaça passar pela água antes de chegar ao fumante. É tradicionalmente utilizado em muitos países do mundo, em especial no Norte da África, Oriente Médio e Sul da Ásia.

O narguilé é formado pelas seguintes peças:

Base: Peça central do narguilé; assemelha-se a um vaso. É onde se coloca a água (ou, embora não seja tradicional, outros líquidos, como arak, sucos ou essências naturais). Geralmente é feita de vidro, metal ou cerâmica; algumas são ornamentadas com desenhos.

Corpo: Peça cilíndrica que sustenta o fornilho e conecta-se à base. Na base, projeta um tubo para dentro da água, que conduz a fumaça.

Fornilho (rosh ou cabeça): Peça de barro ou cerâmica onde coloca-se o tabaco e, por cima deste, o carvão em brasa.

Abafador: Artefato em metal (muitas vezes descartados), geralmente alto para proteger a brasa do vento, evitando o consumo rápido do carvão.

Mangueira: É por onde se aspira a fumaça. Uma ponta termina numa piteira, e a outra encaixa-se na parte superior do corpo do narguilé (acima da água). Pode haver mais de uma mangueira para que várias pessoas fumem juntas (porém estes com válvulas especiais, ou do contrário os usuários não poderão "puxar" a fumaça simultaneamente). Em narguilés usados em locais públicos, como bares, freqüentemente usa-se uma peça plástica removível na ponta da piteira, que pode ser lavada ou descartada a cada uso, ao contrário da mangueira em si, que não deve nunca ser lavada, pois pode oxidar, criando assim partículas de fuligem, que atrapalham a aspiração da fumaça.

Como Funciona:

Quando se aspira o ar pela mangueira, reduz-se a pressão no interior da base; isso faz com que ar aquecido pelo carvão passe pelo tabaco, produzindo a fumaça. Ela desce pelo corpo até a base, passa pela água, onde é resfriada e filtrada, que retém partículas sólidas. A fumaça segue pela mangueira até ser aspirada pelo usuário e expirada logo em seguida.

Há um fumo especial para narguilés, usualmente feito com tabaco, melaço (um subproduto do açúcar) e frutas ou aromatizantes. Os aromas são bastante variados; encontra-se de frutas (como pêssego, maçã-verde, coco), flores, mel, e até mesmo Coca-Cola e Red-Bull. Embora também seja possível encontrar fumos não-aromatizados, estes progressivamente perderam espaço para os aromatizados, que hoje são muito mais populares.

Bom, até ai, ótimo parece tudo lindo, ou até mesmo como alguns dizem, a água filtra a nicotina e a fumaça chega ao pulmão completamente límpida e aromatizada. Pois é, seria mais fácil acreditar no nosso querido coelhinho da páscoa, pois não é nada dessa maravilha que se pensa. Pelo contrário, chega a ser assustador. Vejamos:

Os efeitos:

Os efeitos à saúde causados pelo fumo do tabaco são largamente conhecidos e se aplicam também ao uso do narguilé, contrariando a crença popular de que a água ajudaria a filtrar as impurezas do fumo, tornando-o menos nocivo à saúde. Recentes estudos indicam que seu uso pode ser ainda pior para a saúde do que o cigarro.

Há quem diga que apesar de ser nocivo à saúde, o narguilé é menos prejudicial que o cigarro comum, porém, independentemente da veracidade desta oposição, algo que se confirma é que o narguilé é prejudicial, vicia e deve ser combatido assim como qualquer cachimbo que utilize-se dos mesmos elementos tóxicos e prejudiciais à saúde e bem-estar humano. Além do mais, a Organização Mundial de Saúde alerta que a fumaça do narguilé contém inúmeras toxinas que podem causar câncer de pulmão, doenças cardíacas entre outras.

A Academia Estadunidense de Periodontologia afirma que o uso do narguilé é comparável ao cigarro, em relação aos riscos de doenças da gengiva.

George Loffredo, professor da universidade de Georgetown que conduziu estudo sobre o uso do narguilé no Egito acredita que, comparado ao fumante típico de cigarros, o fumante de narguilé expõe-se mais a toxinas como nicotina e monóxido de carbono.

Luiz Zaion, médico especialista em doenças respiratórias adverte que cinquenta tragadas são suficientes para levar ao vício, além de ser altamente cancerígeno e não se diferenciar em nada do cigarro convencional.

Carlos Alberto Viegas, pneumologista da universidade de Brasília, efetuou uma pesquisa sobre o assunto e mostra que uma sessão de 80 minutos de narguilé equivale a fumar aproximadamente 100 cigarros. O Problema é, diz o pesquisador, enquanto se leva em média onze minutos para fumar um cigarro comum, uma roda de amigos fumando um naguilé pode ficar horas fumando aquele tabaco e ingerindo uma quantidade muito maior de fumaça do que um fumante do cigarro convencional. E completa: “Não existe forma segura para o uso de tabaco. Tanto charutos, cachimbos e principalmente o narguilé causam os mesmos danos causados pela fumaça do cigarro.”
O que mais me preocupa é que assim como meus amigos que ontem passaram a noite toda fumando o cachimbo, diversos outros jovens vêm cada vez mais fazendo o uso deste instrumento em encontros para diversão. Virou como se fosse um “passatempo” da juventude atual. É só analisar nos sites de relacionementos mais utilizados no Brasil como é comum os jovens tirarem fotos fazendo desenhos com a fumaça do narguilé ou até mesmo ao lado do cachimbo. Inclusive, assim que se iniciam nessa brincadeira, logo começam as apostas de quem consegue sugar a maior quantidade de fumaça possível. Deprimente.
Segundo o juizado de menores e o artigo 243 do estatuto da criança e do adolescente, a venda ou fornecimento de fumo é crime e a pena pode ser de 2 a 4 anos de prisão. Pois não é o que se vê por ai. Nos bares de hoje em dia bata pagar para consumir o “fast-food” de fumos nos seus mais variados aromas.
Para mim, chega a ser lamentável ver a juventude atual numa situação dessas. Logo agora que eu acreditava que o vício do cigarro e todo aquele seu requinte de poder estava chegando ao fim, as tabacarias nos pegam de calças curtas novamente. Chego a pensar na impossibilidade de vencer a ambição capitalista.
Fontes: Wikipédia, Rede Bandeirantes e Rede Globo.

Jornalismo - Ter ou não Ter?

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Essa semana fui surpreendido por uma notícia um tanto quanto polêmica. A obrigatoriedade do diploma de jornalismo para exercer a profissão chegou ao fim. E com este fim, inicia-se uma longa luta dos estudantes de jornalismo e da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas).


Na verdade, meu conhecimento de história do Brasil é tão pequeno quanto o do curso de jornalismo, portanto, se eu estiver errado, que alguém me corrija.
 
Segundo o -pouco- que eu andei pesquisando sobre o assunto, a obrigatoriedade do diploma foi instituída em 1969, uma época onde o país estava em pleno regime militar e a intenção dessa obrigatoriedade era obter um maior controle sobre as publicações -e consequentemente penalizações- feitas na época.
Desde então isso havia sido de certa forma cicatrizado na memória dos brasileiros e foi, de certa forma um empurrãozinho a mais nas inscrições para os cursos de jornalismo no Brasil.

Pois bem, em pleno século XXI as sequelas desta porcaria ainda refletem em nossas vidas e causa alguns transtornos exagerados. Obviamente que se eu estivesse cursando jornalismo, não ficaria nem um pouco feliz em saber que pessoas como eu que dão duro estudando/trabalhando para adquirir um nível superior estariam perante a lei agora, no mesmo patamar daqueles que não conhecem absolutamente nada sobre a profissão.

Agora, como estudante de publicidade e propaganda que sou, devo concordar com alguns que essa obrigatoriedade não contribui necessariamente com a qualidade do jornalismo no país.
Vejam só: Um publicitário estuda diversas matérias semelhantes ao jornalista como psicologia, redação, rctv, uma infinidade de coisas apesar de obviamente isso ser muito mais voltado para a retórica da propaganda do que da imparcialidade.

Por outro lado, algumas editoras irão aproveitar deste fato para contratar pessoas sem estudo para fazer jornalismo e ao meu ver se algum jornal -entenda-se como um todo- tiver esta atitude repugnante é por que não deve ter crédito nenhum com a população e com certeza não progredirá.

Portanto agora que alguns outros profissionais estudados -puxando a sardinha pro meu lado- que podem sim fazer trabalhos melhores ou tão bons quanto aos dos jornalistas podem obter esta faixa de mercado, pode-se dizer naquele antigo ditado popular que "Acabou a mamata" para os jornalistas. É hora de acordar e dar o melhor de si em vez de ficar lamentando o fim da obrigatoriedade do diploma.

O nível do jornalismo não cairá enquanto pessoas capacitadas se propuserem a dedicar-se à profissão. Sejam eles formados em jornalismo ou em qualquer outra profissão.

Início

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Bom, começo aqui meu blog. É só uma maneira de me expressar mesmo. Às vezes não consigo me dizer o que penso através somente dos 140 caracteres do Twitter e sinto vontade de colocar um pouco mais de conteúdo para fora. Pretendo por de tudo aqui. Os mais variados assuntos que encontramos no dia-a-dia... Talvez minha indignação com a sociedade atual, um filme interessante, livro, etc. Vai ser bom para eu ir treinando como se redigir meus primeiros artigos. Quem sabe através das "googles searchs" eu não consiga algumas visitas! Já não bastava o orkut, msn, deviantART, myspace, twitter e outros derivados... lá vou eu blogar! =) Por hoje é só!

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